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domingo, 29 de outubro de 2017

Ser cadeirante é bem difícil






Tudo que existe tem dois lados, um bom e outro ruim e no mundo dos cadeirantes não poderia ser diferente.

Nem todos os casos tem as mesmas limitações, no meu tudo acaba se tornando mais difícil devido a minha grande limitação física, e por isso deixei de fazer muito do que queria fazer. É quando eu fico puto da vida.

Tento ter autocontrole, o que é difícil pra caralho, mas tenho que tentar porque não vou mudar os fatos. Tenho uma doença rara e sou obrigado a conviver com ela, e com a cadeira.

A maior merda que enfrento é a falta de acessibilidade. Tenho que fazer planos mirabolantes para sair de casa, é como ir para a guerra. Preciso mapear onde vou, se tem escadas, se tem espaço suficiente para a cadeira, se tem rampa de acesso, e ainda tem a pior parte que é botar uma cadeira de rodas dentro do carro. São duas coisas que não foram feitos um pro outro.

E ainda dou graças a Deus por ter o carro, porque senão imagina a merda... e para quem tem cadeira motorizada aí é pior ainda, elas são grandes e pesadas, e quem as faz tenho total certeza que não se pensa sobre isso na hora de construí-las.

Durante o dia devemos vencer vários obstáculos, e eles só podem ser superados com muita vontade, e na maioria das vezes precisamos de ajuda para simples coisas, ainda bem que existem pessoas para nos ajudar. Sabe é a pior parte depender dos outros, tem horas que seria melhor podermos fazer as coisas sozinhos, mas não é possível, e muitas vezes descontamos a nossa falta de capacidade em quem mais nos querem bem, ou seja a família.


Ser um quatro rodas não é nada fácil, se desse já teria deixado de ser, tem dias que ser um é uma porcaria, e a pior parte de tudo isso é ser um, nos resta aprender a viver assim e ser feliz.    

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Andei até os meus 15 anos, "Muitas vezes esqueço que sou cadeirante".


 Aline nos conta um pouco de você, como se tornou cadeirante?

Eu andava normalmente até os 15 anos de idade, até que um dia logo após eu acordar, senti uma forte dor nas costas, deitei-me para ver se a dor passava, e com pouco tempo deitada, senti minha perna esquerda formigar e em seguida adormecer, passados alguns minutos aconteceu o mesmo com a perna direita, fui levada ao hospital, e diagnosticada com mielite transversa é uma inflamação na medula, que causou uma lesão medular.

Para você, como é ser cadeirante?

Ser cadeirante para mim é uma coisa normal, dentro de casa como faço tudo sozinha, muitas vezes eu até esqueço que sou cadeirante.  Só lembro que sou cadeirante quando encontro um lugar sem acessibilidade, ou quando algum estranho me para na rua para perguntar o que aconteceu, o porque estou na cadeira de rodas.

Como você lidou com a sua deficiência no início, teve aquele momento de rejeição da realidade?

De começo eu achava que minha vida só teria sentido se eu voltasse a andar, eu quando andava adorava fazer caminhada, e jogar voleibol fim de semana junto com os amigos, ver eles indo e não poder ir, era muito triste, como eu estava em plena adolescência eu achava que estava perdendo a melhor fase da minha vida. O que tornou tudo um pouco mais difícil foi o fato de que minha mãe já era falecida, então tive que depender de parentes e até de vizinhos para me ajudar, até eu conseguir voltar a fazer tudo sozinha.


Quais as suas maiores limitações durante o seu dia a dia?

Dentro de casa não tenho nenhuma limitação, faço tudo sozinha, acho que minha única limitação é quando tenho que sair de casa, pois moro em uma rua de grande inclinação, então não consigo sair sozinha, tenho que esperar meu marido estar em casa para ele ir comigo.

Do ponto de vista de uma pessoa com deficiência, quais foram os desafios e dificuldades que enfrentou até hoje?

Acho que o desafio maior sempre vai ser a falta de acessibilidade e ter que lidar com pessoas preconceituosas.

Você já sofreu alguma forma de preconceito?

Indiretamente, eu costumo dizer que quem tem preconceito normalmente é covarde, fala para alguém próximo a você mas não diretamente para você, Mas já acharam estranho eu namorar um andante, já falaram que eu seria um peso para meu marido, as vezes também duvidam que eu consigo fazer os afazeres da casa sozinha, a única coisa que os preconceituosos não conseguem disfarçar é os olhares de desprezo e de indiferença, isto muitas vezes já percebi infelizmente as pessoas ainda tem a ilusão que deficiente é doente e incapaz.

Quais são os teus sonhos?

Morar em um lugar mais acessível, ter uma qualidade de vida melhor, ter alguns aparelhos para que eu possa fazer a fisioterapia em casa, claro que eu também sonho que as pessoas de uma vez por todas tratem os deficientes como pessoas normais.

A sua cidade é inclusiva ou precisa melhorar, o que deveria ser mudado?

Resposta: Não é inclusiva, para ser inclusiva falta muito, poucos lugares são acessíveis, as vezes os lugares são retos, mas não tem rampas, e quando tem são desniveladas. Acho que a maior mudança estaria na consciência das pessoas, os comércios não fazem questão nenhuma de colocar rampas, como se cadeirante também não fosse cliente, fora as vagas de estacionamentos e banheiros destinados a deficientes, normalmente muitos andantes não respeitam e isto acaba atrapalhando muito.

Para encerar, qual a mensagem que você deixaria para os leitores do Amor Pela Vida?

Não deixe que ninguém interfira em seus sonhos, e nem que diga que você não é capaz! Siga seus objetivos! Nem sempre vai ser fácil! Mas o mais importante é não desistir, se supere a cada dia e quando menos esperar os sonhos que pareciam impossíveis estarão sendo realizado!

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

5 dicas do que um cadeirante não gosta que você "andante" faça


Fernando Fernandes com seu amigo
Após pensar em algumas coisas chatas que os andantes fazem, resolvi criar uma espécie de manual, digamos assim, você que ainda não conhece um cadeirante e talvez venha a conhecer saberá algumas coisas que não pegam bem, tem pessoas que nem chegam a se dar por conta mas, fazem as coisas que irei contar logo, está mais do que na hora de mudar isso, são pequenas coisas que podem ser mudadas, e a chave para uma boa relação com um deficiente, ponha em sua mente algo bem simples, nossas limitações são apenas físicas.

Se quiser saber algo sobre o (a) cadeirante, pergunte diretamente a ele (a):


Uma das coisas mais irritantes, é quando estou em algum lugar público e ficam me olhando com cara do tipo "o que ele tem", pensem o seguinte, é cadeirante, fim do mistério, existem apenas duas opções para a causa de ser cadeirante, doença ou acidente, simples, agora se só essa resposta não te basta e a curiosidade é grande em saber qual é o problema, vá até o cadeirante e puxe assunto, mas não vai chegar do nada e ir direto e perguntar o que o fulano tem, fale com a pessoa, pode ser até que surja uma amizade entre vocês, nem todo 4 rodas tem problemas mentais, nós falamos, e no meu caso falo até de mais, obviamente existem alguns com déficit mental, mas se pode generalizar. Costumo dizer que se queres saber sobre nós, não existe outra pessoa melhor para te dizer sobre nós do que nos mesmos.

Não trate um (a) cadeirante como criança:


Está certo que por estarmos sentados parecemos menores que o normal, mas isso não significa que somos crianças. Apenas trate desta maneira as crianças, são elas que merecem esse tipo de tratamento, vivi isso em minha época de escola, e veja bem estava no ensino médio, cheguei até a pedir para a pessoa não me tratar assim e não adiantou nada, devido a isso me afastei dela, tudo o que eu fazia era repassado a meus familiares, sendo que era de maior, então lhes recomendo, não trate ninguém assim, seja a pessoa cadeirante ou não, parem com isso, e por favor não fiquem falando no "inho", fale o português normal, não precisamos de diminutivo para te compreender.

Não nos olhem como se a gente fosse um ser de outro mundo: 


Podemos ser, claro, faria todo o sentido, sinceramente da forma que está o mundo prefiro acreditar ser de outro lugar, mas falando sério agora, as vezes nos olham de uma forma que me faz pensar ser de outro planeta, é um olhar de certa forma preconceituoso embora eu não ligue para isso, mas quando é de mais comprimento a pessoa, para ela ver que sou do mesmo mundo que a mesma, sim sou um humano, que surpresa não é mesmo.

Não queira saber mais sobre nossa situação do que nos cadeirantes:


Esta dica é para você que acha que sabe tudo sobre nós, vou te dar uma informação super importante, só quem sabe sobre minha situação sou eu mesmo, até mesmo familiares mais próximos fazem isso, um exemplo disso é quando estamos mal sentado e falamos que estamos, e teimam em dizer que estamos bem sentados, mas só quem pode te dizer isso é o cadeirante, outro exemplo é quando penso tal coisa sobre ser cadeirante, não tente me dizer que estou errado, porque só quem pode saber sou eu, detalhe não é de ontem para hoje que estou nessa, são 17 anos. 

Não tire suas crianças de perto de nós como fossemos um monstro ou coisa parecida:


Crianças são o melhor ser existentes nesse mundo, são de uma pureza inigualável, por isso decidi cursar pedagogia, mas algo que me deixa triste é quando estou em algum local onde tem uma criança, e ela quer vim falar comigo e os pais não deixam, chegam a dizer para seus pequenos, coisas do tipo: sai daí que o tio vai te pegar, deixa elas meus queridos, é bom conhecerem novas realidades, as curiosidades delas devem ser respondidas. Certo dia na escola onde estudei fui cercado por um batalhão de baixinhos, e piraram no meu carro, deixei até tocarem a buzina da cadeira, e foi para elas algo muito legal, e como sabemos maldade não existe neles, uma das crianças até me disse que quando crescesse queria ser como eu, que iria ser cadeirante só para ter um carro como o meu, e isso me fez pensar que se existe preconceito é porque ensinaram, então aos pais deixo um recado, vocês são os responsáveis em formar cidadãos melhores, ensine amor e igualdade ao invés de preconceito.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Radicalidade sobre rodas



Esqueça o termo “Eu não consigo” e mude para eu consigo, Aaron Wheelz Fotheringham é o mais puro exemplo disso, o cara tem 21 anos é de Las Vegas, Nevada, Aaron nasceu com um problema chamado "Spina Bifida" (um defeito congênito da medula espinhal), ele andou até os 3 anos de idade com ajuda de muletas. O rapaz é o terceiro de seis filhos, todos adotados.

Aaron nunca deixou nada impedi-lo de fazer o que deseja. Quando era criança, sempre quis fazer as coisas normais que uma criança faz, ele só tinha que descobrir como fazê-lo de um modo adaptado. Porque na vida de um cadeirante tudo pode ser modificado para nos beneficiar.

O maluco começou a andar em parques de skate aos 8 anos, quando seu irmão mais velho Brian disse que ele deveria descer uma rampa com sua cadeira de rodas. A primeira vez Aaron admite ter sido assustadora, ele caiu, mas ele nunca foi de desistir só porque algo não era fácil.

Wheelz ganhou algumas competições de estilo livre 
BMX
, incluindo as finais Vegas AmJam BMX em 2005, mas para ele tudo isso é secundário, ele gosta mesmo é da alegria de poder praticar um esporte radical e de estar com seus amigos na pista de skate.

Ao longo dos últimos oito anos, Aaron tem desafiado a si mesmo para tentar truques progressivamente mais difíceis, e vem conseguindo realizar coisas cada dia mais difíceis.

Fotheringham tem paixão pelo que faz, não só porque é muito divertido, mas seu objetivo é mudar a percepção do mundo de pessoas em cadeiras de rodas, bem como ajudar todo mundo a ver seus próprios desafios de uma nova maneira. O apelo de Aaron é universal. Você certamente não tem que estar em uma cadeira de rodas para ser inspirado por aquilo que ele é capaz de fazer.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Conquistando a independência




Estamos sempre a luta para nos tornar independentes, para nos sentirmos bem com nós mesmos, para principalmente deixar de depender de terceiros, podemos ter a maior dificuldade para executar alguma tarefa, mas, relutamos em pedir ajuda.

Acredito que estamos sempre em busca disso, eu pelo menos não gosto de depender das pessoas, mesmo assim dependo para muitas coisas, exemplo me alcançarem alguma coisa, locomover minha cadeira entre outras coisas.

Minha mãe sempre me deixou sair, mas com pessoas que ela confia, como toda mãe protetora ela não deixa eu sair com meus amigos vida loucas, porque vá que aconteça alguma tragédia, que eu me drogue, ou chegue bêbado, ou que, bem vocês sabem, elas são especialistas em imaginar as piores tragédias possíveis.

Venho conquistando minha independência aos poucos, há 4 anos atrás voltei a estudar, depois de 10 anos parado em casa. (Saiba mais clicando aqui). Minha véia, viu que seria possível me deixar voltar e que eu não seria preciso eu depender dela para isso. 




Na escola recebo ajuda de um grande amigo meu,  um dia fui convidado por um amigo para sair depois da aula, e eu já disse pra ele que com certeza a resposta seria não, chego em casa usando a tática do drama, as vezes funciona, e pasmem ela deixou facilmente, nesse dia ela me surpreendeu, foi um dos dias mais felizes da minha vida, sai com 3 amigos, rolaram vários agitos. Um deles disse: "Tu é o primeiro cadeirante que vejo sair pra agitar com os amigos". São coisas simples que podem elevar nossa alto estima.

Depois disso acho que passou uma certa segurança para ela, e agora saio mais vezes de casa, quando você ai reclamar que não pode nada, saiba que tem pessoas assim como eu que não podem fazer tantas coisas assim.  

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Como eu era antes de você


 Antes de você, eu era apenas uma criança igual as outras, minhas preocupações eram com que cor iria pintar meus desenhos, com que boneco iria brincar. A bola de futebol era minha eterna companheira, a qual não podia jogar, porque ela parecia um lutador de boxe que sempre me nocauteava.  Como toda criança fazer arte era minha especialidade, brigar com os guris na escola era rotineiro, namorar era apenas querer pegar na mão.

Meu carro era o de brinquedo, preocupações não existiam, até porque mal conhecia a palavra problema, a dependência de outras pessoas era pouca. Não tinha conhecimento de como o mundo pode ser injusto com alguém que apenas quer viver, muitos pagam por seus erros, mas e quem nunca errou? Seria justo você aparecer do nada? A mim foi decretada uma sentença irreversível, sem direito a advogado.  

Oito anos se passaram e você entrou na minha vida, chegou feito furacão levando tudo que havia construído, levou tudo sem dó, tive que aprender a conviver com você. No início nossa relação foi tumultuada, você não me deu escolha, fez eu mudar a força, sem me dar chance de eu escolher, fui obrigado a aceitar tua presença.

O tempo passou e me foi mostrado o quanto essas mudanças causadas por ti, me tornaram uma pessoa boa e principalmente feliz, existem mudanças que podem acrescentar, e no meu caso aconteceu exatamente isso.

Hoje te agradeço por fazer parte da minha vida, me fizeste muito mais bem do que mal, pode até achar que são apenas palavras, e são sim, as mais sinceras que já disse, como sei que viveremos juntos pelo resto da vida, te peço que me aceite como sou, e por favor não me traga novos problemas.

Obrigado por tudo minha eterna amiga cadeira de rodas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Tudo que um cadeirante consegue é uma vitória?



Nem tudo na vida de um cadeirante precisa ser visto como uma vitória, por que? As pessoas nos engrandecem tanto por apenas tocarmos nossa vida em frente.

Muitas vezes recebemos os parabéns por termos amigos, gente isso é o normal, alô terra chamando, já aconteceu isso comigo, nunca falei nada para essas pessoas que me parabenizam por simples coisas, parece que sou um super-herói por ter amigos. Não julgo essas pessoas por fazerem isso, até porque poucos tem contato com um cadeirante, pode-se dizer que somos novidade ainda.

Para vocês "andantes" somos de outro mundo, e lhes digo vocês parecem ser de outro mundo também, um mundo onde pessoas andam e fazem as coisas sem receber parabéns por isso, podemos chamar esse mundo de "Andolandia" ta ai um bom nome haha.

Outra coisa que sempre sou parabenizado é por eu ser feliz, quero um dia não receber mais parabéns por ser feliz, não vejo motivo para eu não poder ser feliz por apenas ser cadeirante, é ruim não andar? É sim, mas sou muito alegre mesmo com essa situação, aprendemos a viver assim, precisamos nos aceitar como somos, esse é o primeiro passo para a felicidade pessoal.

Entendo o lado de quem faz isso, sei que não é por mal, é para motivar o 4 rodas haha, vocês devem pensar que no meu lugar jamais conseguiria lidar com o problema com um sorriso no rosto.   

Vejam-nos sendo igual a ti.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

E se eu andasse?


Seguidamente me pego pensando em como seria se eu andasse, fico criando hipóteses e teorias, imaginando coisas que eu poderia fazer, visualizando movimentos que seriam feitos com mais facilidade, ai chega o momento que venho de volta para a realidade, e vejo que isso não é possível.

E se fosse possível? Será que as coisas seriam tão fáceis assim? Não, não seriam, e falo isso com plena certeza, acredito que não seria quem sou, não teria a minha maturidade e sensibilidade que hoje tenho, vejo o mundo de uma forma bem diferente sendo assim.

Pra que ficar imaginando coisas que apenas poderiam acontecer? Devo pensar no que posso hoje com minha realidade física, pensar no que serei hoje, a vida oferece inúmeras oportunidades, não importa a tua situação, e quando essas oportunidades aparecerem devemos nos agarrar a ela, quem garante que seria mais feliz do que sou? Ninguém, nem mesmo minha imaginação vai conseguir projetar isso.

Minha imaginação teima em querer pensar no se andasse, mesmo tentando afastar esses pensamentos, deve ser normal isso para uma pessoa que já andou, lembrar da época que andava não lembro muito, talvez por isso o "se andasse" se torne tão atrativo em certos momentos.

Momentos que vejo que seriam mais fáceis do que são, é inevitável pensar nisso, não podemos ser egoístas ao ponto de dizer que nunca imaginamos o "se" porque sim imaginamos.

Muitos não conseguem aceitar sua real situação por viver o tempo todo no mundo de faz de conta, esse mundo lindo que muitas vezes idealizamos não existe totalmente nem pra quem anda, então vamos voltar a realidade e fazer o nosso mundo de verdade melhor, ou perto do melhor, se tiver felicidade e amor já vamos estar tornando o nosso mundo melhor.

A verdade nua e crua, é que se andasse, teria outras experiências de vida, aprenderíamos a daríamos valor a coisas totalmente diferentes das atuais. Não se engane em pensar que seria melhor.

domingo, 25 de maio de 2014

Quebrando o preconceito


Alguns momentos com meus colegas na escola Diva
Quando a pessoa é um deficiente físico, estamos sujeitos a sofrer preconceito, coisa que não deveria acontecer, já que somos pessoas normais, apenas temos certas limitações, existem pessoas que não sabem lidar muito bem com o preconceito, e por isso acabam se tornando introspectivas.

Sabendo disso e passado por isso, resolvi quebrar o preconceito, eu notei que eu de certa forma deixava o preconceito acontecer, ai eu inventei uma forma de defesa, eu apenas deixei as pessoas me conhecerem, sem que a vontade disso parti-se delas.

Como já contei aqui deixei a escola quando criança por causa do preconceito e voltei a frequentar uma sala de aula após 10 anos, quando eu já tinha 19 anos, retornei a estudar na escola Vital Brasil, onde não conhecia ninguém, e com essa minha tática consegui fazer amizades, logo no primeiro dia me lembro que fui muito bem recebido pela direção e professores, em 2 meses consegui me enturmar com o pessoal.

Para essa adaptação ocorrer de maneira rápida procurava participar das aulas, para mostrar que eu estava ali com vontade de aprender e mostrar meus conhecimentos, adquiridos com leituras dos materiais da escola de minhã irmã, nisso o pessoal deve ter pensado "Nossa ele sabe das coisas, é como nos". E sempre procurei conversar com meus colegas, professores e alunos de outras turmas, quando eu vi já não era mais eu que dava inicio aos assuntos e sim todos que eu havia conhecido.

No ano seguinte tive que trocar de escola fui para o Diva Costa Fachin, onde aconteceu a mesma coisa, adaptação rápida, amizades, participação no Grêmio Estudantil, mas enfrentei algumas dificuldades no aprendizado, já que estava no primeiro ano do ensino médio, como pulei da primeira série do fundamental diretamente para a oitava série, quando cheguei no ensino médio senti falta da base dada pelas outras séries, nada que com meu esforço não pudesse contornar.

Finalizando, na minha vida sempre fui ensinado sem diferenças pela minha veia kk, talvez por isso me revolto quando sou tratado com diferença, acredito que eu não deva me aproveitar da minha situação para ter benefícios, se eu quero igualdade tenho que ser tratado como todos, não sou melhor ou pior do que qualquer pessoa, depois disso que aprendi nunca mais sofri preconceito. Mesmo assim faço um apelo para você que tem um amigo deficiente, ajude-o a fazer amigos, nem todos conseguem isso de maneira fácil.


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sábado, 19 de abril de 2014

O medo de cair da cadeira de rodas


Estive pensando se o meu maior medo também é o medo dos outros cadeirantes, e descobri que a maioria como eu tem medo de cair da cadeira, fiz esta pergunta em um grupo no Facebook onde tem apenas cadeirantes.

A maioria disse que tem medo de cair e se machucar, coisa que não é muito interessante para nos que já nos encontramos em uma situação limitada, e que machucado pode piorar, outros falaram que isso faz parte, realmente faz parte, mais como disse não é bom.

Quando caímos ou é no banho por causa da umidade, ou por causa de alguma pedra que tranca na rodinha da frente da cadeira, assim voamos longe como se fosse o super homem em direção ao chão kkkk.

Estes dias eu cai, não foi bom, porque normalmente não temos velocidade nos braços para nos proteger, assim podemos cair de qualquer forma, e se machucar seriamente, podendo até mesmo nos fraturar gravemente, por sorte não me lesionei muito, apenas alguns arranhões e dor causa da batida do meu rosto no chão, e fiquei 3 dias sentindo dor.

Nos outros tombos que tive que levar pontos, em uma vez na cabeça e outras no queixo ao total tenho mais de 10 pontos pelo corpo, por isso cair acabou se tornando meu maior medo.

Para quem anda talvez isso que esteja falando aqui seja uma idiotice, acredite não é, fora isso não me recordo de outro medo.

VEJA ALGUNS COMENTÁRIOS DE OUTROS CADEIRANTES SOBRE O ASSUNTO


segunda-feira, 17 de março de 2014

Teus problemas não te impedem de ser feliz



Vejo por ai muitas pessoas reclamarem de problemas tão pequenos, que fico me perguntando, será que eles sabem que existem pessoas com problemas maiores?

Acho que não vale apena fazer um problema pequeno se tornar grande, muitas pessoas deixam de ser felizes por algum determinado problema.

As vezes me perguntam como tu é feliz sendo cadeirante? Dai respondo que pra mim tudo isso é normal, eu ainda tenho vida, se eu ficar triste não irei viver, pra que eu seria triste apenas por isso? Triste é não ter vida.

A vida é uma coisa tão boa que deve ser vivida de qualquer forma, sendo cadeirante ou qualquer coisa do tipo, existe sempre como ser felizes, só não é quem não quer, e muitos usam sua dificuldade para se fazerem de coitados, acho horrível isso, e muitos fazem isso para os outros terem pena, uma das coisas que mais odeio é pena, não quero pena e nem tento causar pena nas pessoas, sou como qualquer pessoa, apenas não ando, e por eu ser assim não me faz mais ou menos feliz.

Então você ai que esta reclamando da sua vida, vá vive-la feliz,


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O sonho de qualquer cadeirante


Como todos devem imaginar o nosso sonho é poder voltar a andar, e de fato é verdade, queremos, para isso faríamos qualquer coisa para conseguir realizar este sonho, mas é quando este sonho não pode ser alcançado? Ai que fica complicada a coisa, temos que aceitar.

Mais como aceitar se não pedimos para vir assim?  Está é a primeira pergunta que vem a nossa mente quando paramos de caminhar que foi o meu caso, parei de andar por ter nascido com uma Distrofia Muscular, e neste problema deixamos de andar com 8 anos, hoje já é possível andar até os 12, 13 anos por ai, na minha época não existia esta possibilidade.

E quando deixamos de andar acreditamos que vamos voltar a andar, e isso acontece por já termos andado, daí pensamos: "Se eu já andei eu volto a andar". Eu não sabia que nunca mais ia andar, até os 14 anos achava que ia voltar, certo dia o médico me falou de uma forma que eu me liguei que não iria voltar mais a andar.

Foi um choque para mim saber isso, mais não foi difícil aceitar, eu já sabia a anos como era ser um cadeirante, e eu queria viver, não me importava como, sendo cadeirante ou não.

Mais não vamos generalizar a coisa, porque volta e meia voltava o questionamento de porque eu ser assim, hoje eu vejo este questionamento como uma coisa nada haver. Eu não me importo mais com isso, mais as vezes quando não consigo fazer alguma coisa do tipo pegar alguma coisa, fazer algum movimento, coisas deste tipo eu penso: "se eu tivesse andando seria mais fácil", pode parecer estranho mais na maioria das vezes nem lembro que não ando, só lembro neste momentos que disse ai.

E hoje eu não me vejo de outra forma que não seja eu como cadeirante, existe um momento que eu me vejo andando que é quando eu sonho durante a noite, em todo sonho eu tô andando nele, para finalizar, para mim é normal ser assim, mais para algumas pessoas ainda não somos normais, mais isso não me importa vivo feliz assim.

sábado, 30 de novembro de 2013

Um sonho sempre pode ser realizado


   Um amigo meu achou uma baita iniciativa divulgada pelo jornal Estadão do fotografo Matej Peljhan que é esloveno, este cara criou o projeto "Le Petit Prince" que realiza sonhos até então impossíveis, mas para ele com o uso da fotografia ele viu que poderia realizar estes sonhos, e o último sonho que ele realizou foi o do menino Luka de 12 anos que sofre de uma distrofia. 

         Luka sempre teve o sonho de poder jogar basquete, e muitas coisas, veja a baixo os sonhos realizados deste campeão.








O impossível é só questão de opinião.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Vida Não Para


Alessandro Fernandes em aula de mergulho adaptado
Eu sempre quis escrever sobre isso, mas não sabia o que escrever, mas após ver um vídeo na internet e ler um texto, as minhas ideias sobre o assunte teve um grande crescimento, e me despertou um grande interesse em falar sobre o tema proposto (Ou melhor escrever sobre hehe).

Fiquei completamente encantado com as coisas que pude ler e ver no Youtube, (No fim deste texto colocarei o vídeo que disse é o link para quem quer saber mais sobre o mergulho adaptado) em um texto que li de um conhecido meu que é cadeirante, ele contou que havia feito um curso de mergulho adaptado e fiquei completamente boquiaberto com a mobilidade dele em baixo da água e confesso que me surpreendi. Eu não imaginava que um cadeirante pudesse realizar isso, claro que sabia que nos cadeirantes temos a possibilidade de nadar e poder fazer outras atividades na água, mais nunca cheguei a pensar em mergulho, ai você pode ver que eu mesmo sendo cadeirante a quase 14 anos não sabia disso, a vida esta sempre nos mostrando coisas que podem contribuir em nosso crescimento como pessoa.

Já o vídeo que eu falei anteriormente fez cair os butiás do bouço como dizemos aqui no Sul, neste vídeo um para-atleta conta como tornou-se surfista, isso mesmo surfista você não leu errado não hehe, é gente eu estou muito espantado com estas coisas que pude descobrir, vou te dizer os cadeirantes são radicais, como disse em uma palestra somos todos doidos.

Ai você deve ta se perguntando, como tu não sábia disso Arthur? Eu sei que existe muitos esportes para deficientes, até já fiz um trabalho sobre isso na escola, mesmo assim não tinha o conhecimento e muito menos nunca imaginei que isso seria possível.

Eu aprendi que a vida não para de uma outra forma completamente diferente, a vida me mostrou que poderia ter uma cabeça normal e poder fazer muitas coisas, eu tenho uma doença muscular por isso nunca tive a oportunidade de fazer nenhum esporte deste tipo que contei nas linhas logo acima, tive contato sim com outros tipos de esportes, mas por alguns problemas não fiz esta atividade.

Coloque em sua mente que nos cadeirantes não somos triste somos loucos em cima de 4 rodas kk.

Vídeo e o link



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