terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Entrevista com intercambista cadeirante, nada é impossível


Pessoal, hoje estou trazendo para vocês uma postagem bem diferente aqui no blog que é a entrevista que fiz com uma colega cadeirante e blogueira, a Paula Oliveira de 24 anos. Ela tem um blog muito bacana chamado Ô Essa Menina o qual eu recomendo muito, onde ela conta as suas experiências e perspectivas enquanto cadeirante. A Paula já teve a oportunidade de fazer duas viagens internacionais, uma para o Canada e outra para a Irlanda. Nesta entrevista ela vai nos contar um pouco de como é ser cadeirante, de suas experiências fora do Brasil e nos tirar algumas dúvidas que você aí andante gostaria de saber.

Paula Oliveira em Cranbrook, BC, Canadá

Paula, conta para a gente um pouco de você.

Bom, eu tenho Amiotrofia Espinhal e uso cadeira de rodas desde os 11 anos. Hoje, com 24 anos, sou recém-formada em Administração e moro na Bahia. Adoro estudar, gosto de aprender e me considero uma pessoa bastante determinada.

Agora uma pergunta polemica: para você, como é ser cadeirante?

É engraçado pensar em mim mesma como cadeirante porque eu nunca me vi dessa forma. Sempre levei uma vida muito normal, dentro do possível. Minha deficiência nunca foi empecilho para que eu pudesse alcançar os meus sonhos e objetivos. Claro, algumas coisas sempre foram mais difíceis para mim, mas eu tive a sorte de ter uma família muito acolhedora e equilibrada que me deu base para ser quem eu sou hoje.

A vida de cadeirante tem seus percalços, claro, mas, de um modo geral, eu levo a minha vida de forma mais normal possível e, por causa disso, percebo que as pessoas ao meu redor tem a mesma percepção de mim.

Quando você se lembra que é cadeirante?

Quando sinto que sou tratada com pena ou como se minha deficiência me tornasse incapaz de realizar alguma tarefa. Acho que a pior forma de preconceito é a subestimação.

E na sua época de escola, como foi? Passou por algum problema? Já que a acessibilidade era praticamente nula.

Nunca tive problema algum na escola ou na faculdade. Aonde não havia acessibilidade sempre tive a sorte de contar com pessoas de boa vontade que me ajudavam. Meu pai também sempre foi muito presente em minha vida escolar e se cheguei aonde estou hoje é por causa dele.

Você teve a oportunidade de fazer algo que ainda é considerado raro para nós cadeirantes. Como os dois intercâmbios aconteceram na sua vida e como foram as duas experiências?

Eu sempre tive esse sonho de fazer intercâmbio, mas, por diversas vezes e por vários motivos, isso sempre pareceu ser um sonho distante.

A minha primeira viagem internacional aconteceu na Irlanda na qual eu tive uma amiga me acompanhando e foi uma experiência absolutamente incrível. Eu passei sete semanas numa cidade chamada Limerick onde eu estudei inglês na universidade local. Na segunda viagem eu consegui uma bolsa de estudos do governo canadense e fui estudar lá por quatro meses. A viagem para o Canadá foi completamente diferente porque eu fui sozinha para cursar o último semestre do curso de Administração em um college. Mas apesar de ter ido sozinha, fiz várias amizades lá, inclusive com uma colega brasileira que me auxiliou muito em todo o período.

O Canadá é um país incrível, completamente acessível, até mais que a Irlanda e eu fui muito bem acolhida em ambos os países. Posso dizer, com toda certeza, que essas viagens foram a melhor coisa que já fiz na vida.

Do ponto de vista de uma pessoa com deficiência, quais foram os desafios e dificuldades nas suas viagens?

Mesmo tendo companheiros de viagem, um intercâmbio é, claro, uma realidade bem diferente daquela que estava acostumada no meu dia a dia e eu tive que aprender, às vezes do modo mais difícil, a me tornar mais independente.

Como cadeirante eu sempre contei com o apoio da minha família para tudo que precisava, mas viajando eu tive que aprender a cuidar de mim mesma. Na viagem para o Canadá as dificuldades foram maiores, mas essa foi também uma fase de muito crescimento pessoal e hoje posso dizer que sinto muito orgulho de mim por ter vencido cada obstáculo.

Contudo, em ambas as viagens eu fui muito abençoada de poder contar com pessoas maravilhosas que cruzaram o meu caminho e se tornaram grandes amigos. Também recebi muito apoio do college canadense que foi essencial para que tudo corresse bem durante o tempo que passei lá.

Você experienciou alguma forma de preconceito no exterior?

Quando eu ganhei a bolsa para estudar no Canadá, um dos colleges se recusou a me receber. Eles alegaram que tinham receio de que algo me acontecesse e que a responsabilidade recaísse sobre eles. Em função disso, naquele ano, perdi a bolsa e me senti completamente injustiçada. No ano seguinte eu me candidatei novamente ao programa e optei por outro college que, para a minha surpresa, teve uma reação totalmente diferente a do college anterior. Fui recebida por esse college com muito carinho e eles foram extremamente atenciosos comigo do começo ao fim.

Para encerar, qual a mensagem que você deixaria para os leitores do Amor Pela Vida?

Primeiramente quero agradecer você pelo espaço no seu blog e por contar um pouco da minha história para os seus leitores e espero que o meu exemplo sirva como ajuda para os cadeirantes e deficientes de modo geral que, assim como eu, tem o sonho de fazer intercâmbio.
Nada é impossível.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Um herói e uma pequena pessoa






Um pai estava com seu filho sentado em uma sala de espera aguardando a consulta médica de seu pequeno: Samuel mostrava em seus olhos de uma criança de apenas 3 anos de idade, uma grande admiração pelo seu pai, como se ele fosse super-herói de desenho animado, que é admirado por todas as crianças.

A criança não parava de pular mostrando a sua vitalidade de dar inveja em qualquer um, mesmo estando com problemas pulmonares, mas criança não se importa se estão doentes ou não, apenas querem ser crianças.

Porém apenas Samuel sabia da existência daquele herói vestido de pai, e não pretendia que ninguém mais ficasse sabendo disso, pois ele não gostaria de dividir seu herói.

Em certo momento Samuel subia em uma mesa baixinha, e de lá ele pulava no chão, mas o pai preocupado com seu filho pegava na mão dele e ele se atirava de cima da mesa, e aterrissava no chão com os dois pés, e quando o pai largava a mão dele ele não pulava.

O que podemos refletir nesta história? Um pai quando ama seu filho de verdade, estará sempre próximo para ajuda-lo. Além disso, o pequeno Samuel assim como todas as outras pessoas, irão viver altos e baixos em sua vida, independentemente de quem são, o menino ainda não sabe que quando crescer terá que enfrentar muitos problemas, a vida é tão perfeita enquanto somos crianças, por isso muitos querem voltar a infância para fugir de seus problemas, inclusive eu.

Pense em Samuel, ele já esta vivendo um problema, mas esta passando por ele com o sorriso de uma criança em seu rosto, enfrente os seus da mesma maneira, nunca deixe o choro tomar o lugar de um sorriso.




 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Cadeirantes se vingam estacionando suas cadeiras de rodas em estacionamento comum


A agência curitibana TheGetz criou a campanha "Esta vaga não é sua nem por um momento", para conscientizar a população que as vagas para deficientes físicos são extremamente necessárias em nossas vidas para nos facilitar na hora de podermos sair do carro para a cadeira.

Chega a ser vergonhosa a falta de respeito do cidadão brasileiro que em todas as situações querem levar vantagem de algum modo, esta na hora de acabar com isso, temos direitos de ir e vir, somos humanos também.

Como surgiu esta campanha 

Surgiu após uma cadeirante ser completamente ignorada por uma motorista no estacionamento de um mercado de Curitiba. Mirella, que é tetraplégica se revoltou ao ver esta pessoa estacionar em uma vaga exclusiva para cadeirantes e sugeriu que ela estacionasse em outro lugar, mas não adiantou este pedido, com isso Mirella foi a gerencia que infelizmente não quis fazer nada para que esta realidade mude, a gerencia disse que isso quem deveria fiscalizar era o Detran e não eles.

Depois deste fatídico caso a TheGetz fez uma ação em março deste ano, colocando cadeiras de rodas em vagas normais para registrar a reação das pessoas em um estacionamento de Curitiba. Conforme o afirma o diretor da agência esta companha foi criada para chamar a atenção da sociedade e do governo do Brasil, para a necessidade do respeito e acima de tudo a educação com ás vagas especiais.



Fonte das informações: Hypeness.com

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Dia 3 de Dezembro dia do portador de necessidades especiais




Hoje é o meu dia (Para quem não sabe sou cadeirante), o dia de todos os deficientes físicos de todos os tipos.

Nos não queremos ser lembrados apenas em uma data, queremos ser lembrados sempre, da seguinte forma, queremos que o mundo seja mais adaptado, queremos melhores ruas para podermos sair de casa com mais frequência, queremos ser olhados como pessoas normais, queremos acima de tudo respeito.

Somos pessoas normais como todos, apenas temos limitações que nos impede de fazer algumas coisas que gostaríamos de fazer, somos pessoas diferentes por querer um mundo bom para todos, queremos poder ter o nosso reconhecimento por nossa capacidade, é claro que existe deficientes com limitações mais severas que ás impedem de muitas coisas.

Vale ressaltar que somos bem respeitados quando não esperamos os outros vir te conhecer, fazemos eles nos conhecerem, pelo menos eu sou assim, faço as pessoas me conhecerem e assim sempre fui bem tratado, sofri preconceito mais apenas quando era criança, se sofrer hoje nem irei dar bola sei que é apenas uma opinião muito ridícula, então o preconceito entra em um houvido e sai no outro.

PARABÉNS A NOS.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cidade comemora Natal fora de época pra realizar sonho de menino com câncer


Ainda podemos continuar acreditando que existe pessoas boas neste mundão ai a fora, mesmo com tantas notícias ruins que frequentemente escutamos. Como a história do menino  Devin Kohlman, 13 anos, que foi informado que não teria muito tempo de vida, já que seu câncer no cérebro, contra o qual ele lutava desde 2012, infelizmente havia vencido a luta, mas podem ter certeza que guerreiros caiem de pé, e com Davin não foi diferente.

O menino então fez um último pedido: queria estar em casa para passar seu feriado favorito, o Natal. Mas, como não daria tempo, já que ele teria no máximo duas semanas de vida, o treinador de baseball de Devin, Alejandro Zapata e amigo de infância dos pais dele, mobilizou centenas de moradores da cidade de Ohio (Cidade Americana) para realizar o desejo do garoto. Para isso, eles anteciparam todas as decorações, celebrações e até a neve do Natal.

Eles cantaram, enfeitaram as ruas da vizinhança, usaram toneladas de gelo raspado para imitar a neve, ergueram uma grande árvore de Natal que podia ser vista da janela do garoto, um parque foi todo decorado e colocaram uma placa “Feliz Natal, Devin”, e ainda teve um Papai-Noel surgindo de moto. Tudo observado pela janela de seu quarto. O menino pôde ver o quanto era querido e perceber que gestos de amor valem a pena.

Veja como foi este dia especial:




Veja fotos 





O guerreiro Devin infelizmente faleceu duas semanas depois de seu Natal especial, mas com certeza provo que seres humanos são capazes de fazer coisas extraordinárias quando querem. Fique em paz Devin.

sábado, 30 de novembro de 2013

Um sonho sempre pode ser realizado


   Um amigo meu achou uma baita iniciativa divulgada pelo jornal Estadão do fotografo Matej Peljhan que é esloveno, este cara criou o projeto "Le Petit Prince" que realiza sonhos até então impossíveis, mas para ele com o uso da fotografia ele viu que poderia realizar estes sonhos, e o último sonho que ele realizou foi o do menino Luka de 12 anos que sofre de uma distrofia. 

         Luka sempre teve o sonho de poder jogar basquete, e muitas coisas, veja a baixo os sonhos realizados deste campeão.








O impossível é só questão de opinião.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A Vida Não Para


Alessandro Fernandes em aula de mergulho adaptado
Eu sempre quis escrever sobre isso, mas não sabia o que escrever, mas após ver um vídeo na internet e ler um texto, as minhas ideias sobre o assunte teve um grande crescimento, e me despertou um grande interesse em falar sobre o tema proposto (Ou melhor escrever sobre hehe).

Fiquei completamente encantado com as coisas que pude ler e ver no Youtube, (No fim deste texto colocarei o vídeo que disse é o link para quem quer saber mais sobre o mergulho adaptado) em um texto que li de um conhecido meu que é cadeirante, ele contou que havia feito um curso de mergulho adaptado e fiquei completamente boquiaberto com a mobilidade dele em baixo da água e confesso que me surpreendi. Eu não imaginava que um cadeirante pudesse realizar isso, claro que sabia que nos cadeirantes temos a possibilidade de nadar e poder fazer outras atividades na água, mais nunca cheguei a pensar em mergulho, ai você pode ver que eu mesmo sendo cadeirante a quase 14 anos não sabia disso, a vida esta sempre nos mostrando coisas que podem contribuir em nosso crescimento como pessoa.

Já o vídeo que eu falei anteriormente fez cair os butiás do bouço como dizemos aqui no Sul, neste vídeo um para-atleta conta como tornou-se surfista, isso mesmo surfista você não leu errado não hehe, é gente eu estou muito espantado com estas coisas que pude descobrir, vou te dizer os cadeirantes são radicais, como disse em uma palestra somos todos doidos.

Ai você deve ta se perguntando, como tu não sábia disso Arthur? Eu sei que existe muitos esportes para deficientes, até já fiz um trabalho sobre isso na escola, mesmo assim não tinha o conhecimento e muito menos nunca imaginei que isso seria possível.

Eu aprendi que a vida não para de uma outra forma completamente diferente, a vida me mostrou que poderia ter uma cabeça normal e poder fazer muitas coisas, eu tenho uma doença muscular por isso nunca tive a oportunidade de fazer nenhum esporte deste tipo que contei nas linhas logo acima, tive contato sim com outros tipos de esportes, mas por alguns problemas não fiz esta atividade.

Coloque em sua mente que nos cadeirantes não somos triste somos loucos em cima de 4 rodas kk.

Vídeo e o link



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