Estava vendo um vídeo onde o rapaz cadeirante abordava meninas na rua, tentando conseguir o número delas, certamente para conhecer alguém legal, uma das pessoas que ele abordou, disse a seguinte frase: “Olha para você e olha para mim” de maneira extremamente preconceituosa, sem nem ao menos conhecer a pessoa.
E isso me fez relembrar algumas situações que já vivi nesses 18 anos que sou cadeirante, todo mundo tem direito de conhecer alguém um dia, de amar e ser amado, e isso não é diferente no mundo dos Quatro Rodas.
Sempre fui um cara muito confiante, o meu problema jamais afetou a minha confiança, e sempre tive coragem de chegar nas meninas.
Já lido com o desinteresse todos os dias porque simplesmente acostumei. As pessoas olham para um cadeirante e parece que não veem uma pessoa. É extremamente fácil perceber o preconceito. Então algumas vezes pensei em desistir de conhecer alguém sabe? Mas como a gente desiste de amar? Não tem como.
Admito que quis puxar assunto dia desses com uma menina na faculdade que era dessas 10 de 10, mas ela me tratou com tanta indiferença que jogou no lixo a oportunidade de conhecer uma grande pessoa, juro que só queria conversar e ver se ela era tão bonita quanto sua aparência. Não era, pena. Ainda bem que algumas pessoas revelam rapidamente sua verdadeira face e a gente não se decepciona depois de se apegar.
Não temos como conhecer alguém sem nem ao menos falar com a pessoa, nós cadeirantes já estamos preparados para o preconceito, e normalmente acontece, estou numa fase da minha vida que isso não me abala.
Obviamente é uma situação difícil, jamais irei me privar de tentar conhecer alguém legal, que acima de tudo me mereça e me aceite como sou, amores fracos não merecem o meu tempo, tenho certeza que irei encontrar um grande amor, ninguém pode prever o amanhã.
Sempre fui um cara muito confiante, o meu problema jamais afetou a minha confiança, e sempre tive coragem de chegar nas meninas.