O poder da esperança

Por Arthur Saul

Hoje irei escrever o meu ultimo texto do ano no blog, será apenas o terceiro texto, não tenho escrito por me faltar idéias, mas estou inspirado hoje, e isso aconteceu por ter visto um filme que mexeu comigo, chamado O poder da esperança.

Este poder é capaz de fazer milagres em sua vida, e isso é uma verdade cientificamente comprovada, pesquise uma hora sobre isso.

Eu sempre acreditei que a esperança faz você ir longe, e senão fizesse não estaria vivo hoje, quando tinha 12 anos os médicos falaram para minha mãe que eu não chegaria ao 16 anos, hoje estou com 20 anos feitos neste mês dia 21, de certo modo sabia que as coisas não iam bem, mas sempre acreditei que iria longe, e acreditando nisso fui ganhando batalhas que tenho que lutar contra esta distrofia de Duchenne, nunca fugi desta luta, sempre botei em minha cabeça que iria ser mais forte que esta doença, e hoje estou indo contra os médicos, provando que irei longe, estou bem hoje, mas luto contra problemas respiratórios característicos desta doença, quem sabe o que tenho não acredita que to vivo, ás vezes nem eu, mas ai entra a esperança, a qual me move.

E este filme retrata bem isso, o filme conta a história de um rapaz que teve vários problemas com sua mãe, ele perdeu seu pai na adolescência, e nem por isso deixou de tentar ser alguém na vida, na escola os professores descobrem o talento que ele tinha em fazer palestras (Talento que por acaso eu tenho também, e como dizem Deus te tira algumas coisas e te da algo melhor). Então ele começa a dar várias palestras, até que ele conhece o seu maior ídolo da mesma área que ele, este ídolo diz a ele que ele não é bom nisso, e que ele deveria viver mais para ser bom nisso, desanimado Richard não desiste de ser palestrante, e em busca de viver mais ele entra para o exército em uma época de plena guerra no Vietnã, e determinado memento do filme ele sofre um acidente e fica surdo, e novamente ele perde a vontade de ser alguém, mas daí ele conhece Art, um cadeirante com paralisia, junto a Art ele vive momentos incríveis, e momentos ruins também, quando Art sofre preconceito da sociedade, e movido na vontade de este tipo de coisa ter fim Richard monta uma associação para deficientes, e assim ele defende os direitos dos deficientes, e em fim ele consegue ser um grande palestrante.

Como disse a esperança muda vidas, e com Richard não foi diferente, então você que leu este texto não deixe de ter esperança, como nesta história fictícia sua vida pode mudar, e na vida real eu sou a prova disso.      

Então comece este ano com esperança que tudo pode mudar, basta ter esperança. E não deixe de ver este filme.

Feliz ano novo!!

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Cadeirantes também amam

Cadeirantes também amam como você, hoje vivemos em um mundo totalmente preocupado com a estética, e isso praticamente acaba banindo os amores verdadeiros, existe uma grande distorção de valores hoje em dia, ás pessoas estão se preocupando com a beleza externa e não mais com a interna, mas isso é a cultura do ser humano, julgar a aparência antes de conhecer a pessoa como realmente é, como todos sabemos isso não vai mudar. 

Vivemos de amor, que é necessário para a nossa felicidade, e com nos cadeirantes não poderia ser diferente mesmo não tento nada de diferente, como todos amamos, choramos e sofremos por amor, antigamente não se via um deficiente com uma pessoa sem deficiência, hoje já vemos, de certa forma o preconceito vem diminuindo e as pessoas estão se permitindo ao diferente, hoje podemos ter informações sobre cadeirantes através da internet, e essas informações você encontra aqui no Amor pela vida, estamos ai para tirar duas duvidas e matar sua curiosidade sobre nosso mundo das rodinhas.

Como costumo dizer o convívio com cadeirantes é novo na sociedade, já que hoje estão pensando um pouco mais em acessibilidade, coisa que deve evoluir e muito aqui no Brasil, eu mesmo estou começando a ter contatos interpessoais neste ano, já que voltei a estudar depois de 10 anos, e isso dificulta um pouco a ser envolvente, porque para muitos a convivência com um cadeirante nem sempre acontece, isso nos causa um certo receio em tentar, vamos com insegurança, com o passar do tempo vamos se tornando cativantes e capazes de nos relacionar 

Estamos sempre desconfiando de nossa capacidade, aqui te digo uma coisa, seja confiante, não deixe de tentar se relacionar, esqueça seus problemas físicos, a partir do momento que auto nos aceitamos os outros também irão nos aceitar, não espere o amor de sua vida ir embora para agir, permita-se, e amores verdadeiros são capazes de superar qualquer obstáculo. Amores fracos não são amores verdadeiros. 

Levar toco faz parte, nem sempre teremos um “Sim”. Sempre esperamos pelo sim, mesmo assim o não ensina mais que o sim em nossas vidas, não podemos obrigar alguém a gostar de ninguém sem a pessoa querer gostar de ti, não deixe de tentar. 

Mesmo sabendo de tudo isso eu nunca namorei na vida, sei que em algum lugar do mundo a pessoa que irei fazer feliz esta, onde? Não sei, é como digo para minha mãe “Mãe elas não me querem porque não sabem que um cadeirante é melhor o dia que elas souberem vão querer só os deficientes”. Se é verdade esta teoria ainda não sei.

Um dos grandes exemplos de que o amor vence as barreiras foi mostrado pela TV Globo na novela Viver a vida, onde Luciana acabou se envolvendo com Miguel, a moça que um dia foi modelo, após sofrer um acidente acaba se tornando usuária de cadeira de rodas, e Miguel prova a ela que sim ela poderia amar, esta novela para mim foi uma das melhores, não foi estas novelas de agora onde não vemos mais ser passado valores para as pessoas.

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A alegria que devemos ter na vida

 

  Às vezes as pessoas me perguntam como você pode ser tão feliz sendo cadeirante? Isso é fácil de explicar e irei explicar.

Você que me conhece não pense que sempre fui feliz assim como sou, tive a fase difícil, que foi aceitar ter parado de andar, imagina você no meu lugar, eu tinha 8 anos quando parei de andar, em um dia chego em casa e vejo uma cadeira de rodas em frente a casa onde morava em São Leopoldo, para mim foi bem estranho, não esta entendendo nada, depois daquele dia o meu meio de transporte não era mais minhas pernas e sim uma cadeira de rodas, teve dias que queria deixar de ficar sentado sem andar, mas sempre me falavam - Fique ai, se você não quer mais cair. (Para você entender melhor tenho uma doença que faz parar de andar aos 8 anos, eu fui perdendo a força para andar e não ando mais, irei escrever sobre o que tenho ainda). foram muitos acontecimentos em 2 anos para aceitar que não podia andar mais, mas aceitei e hoje não tenho problemas para aceitar.

O segredo para ser feliz é ter bom humor, não dar bola para o que falam de você, não pensar em bobagens, e ser sempre positivo, ter fé também ajuda, então não fique surpreso em ver um deficiente feliz, e talvez mais feliz que você que acha que tem problemas, problemas foram feitos para ser solucionados e não para criar mais problemas.

Então seja feliz, claro que sempre ser feliz ninguém consegui, nem o deficiente, tem deficientes que nunca querem aceitar ser deficiente, mas temos que aceitar, não teremos vida senão aceitar, mesmo tendo dificuldades motoras podemos sim ter uma vida normal, deficiente tem vida e é gente também, sentimos as mesmas coisas que você que anda, amamos, choramos, somos normais com limitações.

Se sou feliz é por isso, é porque amo a vida, então viva a vida a cada dia, nunca pensando no amanhã, e se o hoje é ruim o amanhã pode ser melhor, por isso tenho fé em mudanças, acredito na vida, e tento ser o mais legal possível com quem gosta de mim, e se não gosta faço me conhecer melhor.

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